Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um cenário desolador para a indústria nacional. Com os mais altos impostos do mundo, uma das tarifas de energia elétrica mais caras e encargos trabalhistas exorbitantes, a fabricação de produtos no país se torna cada vez mais inviável. Esse combinação de fatores não apenas desestimula a produção local, mas também prejudica a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Neste contexto, a alternativa de fabricar no exterior, como na China, Índia ou Estados Unidos, surge como uma solução promissora, especialmente para abastecer o promissor mercado árabe.
1. Altos Impostos: Um Fardo para a Indústria
O Brasil é conhecido por ter uma das cargas tributárias mais altas do mundo. Impostos como ICMS, IPI e PIS/COFINS elevam significativamente o custo de produção, tornando difícil para fabricantes locais competir com produtos importados. As empresas brasileiras enfrentam uma barreira econômica elevada que seria necessária não apenas para cobrir esses impostos, mas também para obter margem de lucro considerável. Essa situação leva muitos empresários a reconsiderar se vale a pena continuar produzindo no país.
2. Energia Elétrica: Custo Elevado como um Obstáculo
Além dos altos impostos, outro fator determinante que contribui para a inviabilidade da fabricação no Brasil é o custo da energia elétrica. O país se destaca por ter uma das tarifas de energia mais caras do mundo. A produção industrial é intensiva em consumo de energia, e os altos preços tornam cada vez mais difícil manter a competitividade com fábricas em outros países que desfrutam de custos de energia muito mais baixos. Isso não apenas eleva os custos de produção, mas também inibe investimentos em tecnologia e inovação que são críticos para o crescimento da indústria.
3. Encargos Trabalhistas: Um Obstáculo ao Crescimento
O Brasil também enfrenta um cenário complicado em termos de encargos trabalhistas. Os custos de contratação e manutenção de funcionários, que incluem não apenas salários, mas também impostos sobre a folha de pagamento e benefícios obrigatórios, tiram das empresas uma parte significativa de seus lucros. Essa carga torna a criação de postos de trabalho e a expansão das operações um desafio, resultando na resistência de muitas empresas em investir no crescimento da produção local.
4. A Competitividade no Mercado Internacional
Diante de um ambiente econômico tão desafiador, os produtos brasileiros encontraram dificuldades para competir no mercado internacional. Enquanto isso, países como China, Índia e Estados Unidos oferecem condições muito mais favoráveis para a fabricação. Essas nações possuem não apenas uma mão de obra mais barata, mas também infraestrutura robusta, custos de energia mais acessíveis e políticas fiscais que incentivam a produção.
5. O Potencial do Mercado Árabe
Uma das alternativas mais promissoras para os empresários brasileiros é direcionar a produção para o mercado árabe. Com 22 países e uma população que é cinco vezes maior que a do Brasil, a região árabe representa uma oportunidade significativa. O crescimento econômico e a demanda por produtos de qualidade oferecem uma janela de oportunidade que pode ser aproveitada por aqueles que optarem por fabricar no exterior.
5.1. Produzindo para o Mercado Crescente
Fabricar na China ou na Índia pode permitir que os empreendedores brasileiros ofereçam produtos com preços competitivos, adequando-se à demanda dos consumidores árabes por produtos acessíveis e de boa qualidade. Com a crescente globalização e a facilidade de comunicação e transporte, abastecer esse mercado se torna uma realidade viável e estratégica.
6. Caminhando em Direção ao Futuro
Para os empresários brasileiros, o futuro da produção não reside apenas em reformas tributárias ou melhorias na infraestrutura. A busca por soluções mais eficientes, como a realocação da fabricação para países onde os custos são mais baixos, pode ser a chave para um crescimento sustentável e um aumento da competitividade no mercado internacional.
Conclusão
A inviabilidade da fabricação no Brasil devido a altos impostos, custos de energia eléctrica e encargos trabalhistas elevados é um desafio significativo que muitos empreendedores enfrentam. A transferência da produção para países como China, Índia ou Estados Unidos pode não apenas aliviar esses fardos, mas também abrir portas para o vasto e crescente mercado árabe. Em um mundo interconectado, a capacidade de se adaptar rapidamente às melhores opções de fabricação será crucial para o sucesso e a sobrevivência das empresas brasileiras no cenário global. Portanto, ao abraçar essa mudança, os empresários poderão não apenas manter suas operações, mas também prosperar em um mercado cada vez mais competitivo.
Leandro Monteiro
Presidente do Clube de Negócios LMA
